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TEATRO EM TEMPOS DE PANDEMIA

TEATRO EM TEMPOS DE PANDEMIA

A Escola de Teatro Tescom comemora 25 anos

Já estava tudo planejado, a programação contava com uma mostra de mais de 30 espetáculos e teve o lançamento em fevereiro com a aula show de Marcelo Marinho sobre o espetáculo ‘O primeiro milagre do menino Jesus’, de Dario Fo.

Como o primeira peça da Mostra 25 anos TESCOM, teve o espetáculo ‘[A]Gente’, com texto e direção de Ronaldo Fernandes.

Depois veio o isolamento social e muita coisa mudou.

Nessa toada de se reinventar em tempos de pandemia, a escola desenvolve com seus alunos do Núcleo Básico de Montagem a preparação de 10 espetáculos (feitos por crianças e para crianças) que serão apresentados na Mostra Iracema Paula Ribeiro. Por ora, segue com as aulas remotas em plataformas encontradas para se manter o contato, mesmo que virtual, com esses jovens alunos-atores.

Com um elenco de 50 atores, a TESCOM segue estudando, virtualmente, o dramaturgo e peta espanhol Federico García Lorca – Vida e Obra. A montagem tem direção geral de Karla Lacerda e direção de cena de todos os professores da escola.

Será um espetáculo nos moldes que a TESCOM desenvolveu em seus 25 anos como ‘Absurdamente Pagu’,  ‘Vulcão – o jogo da vida – uma homenagem a Tennessee Williams’ e ‘O assassinato do Anão’, que reverenciou e aplaudiu o dramaturgo santista Plínio Marcos. Todos com um grande elenco.

Mas o Grupo TESCOM, grupo de teatro profissional, não ficará de fora. Ronaldo Fernandes é o diretor do novo espetáculo que tem direção musical de Marcelo Marinho. Essa nova peça é o caminhar entre Lorca, Salvador Dalí, Drummond e Portinari. O grupo segue firme para superar os desafios dessa pandemia e vem estudando e preparando essa nova montagem.

A TESCOM também é a produtora do primeiro festival de cenas teatrais do país, o FESCETE, que nesta 24ª edição homenageia atriz Walderez de Barros. O Festival vem enfrentando a falta de definições e olhares justos e eficazes para um planejamento de retorno das atividades artísticas pós-isolamento social: as dificuldades de sala de espetáculos, número de redução na lotação dos teatros, as dificuldades gerais que surgiram para diretores, artistas, técnicos e grupos de escolas em suas montagens projetadas.

É preciso que as autoridades dialoguem com artistas e estabeleçam um planejamento capaz de ser executado e que não reneguem a importância da arte e da cultura para esse momento tão dramaticamente devastador.

A TESCOM também participa de leituras dramáticas, lives e projetos de outros artistas da região,  do país e de outros países para que se alimentem e sigam nessa construção artística e cultural.

O teatro vai se transformar, mais uma vez, na história… mas ele estará mais vivo do que nunca!

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